Você pode dizer com toda a honestidade: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra»? (Salmo 73.25)… Essa é a maneira como o salmista pode falar de seu relacionamento com Deus… toda a atividade do Evangelho neotestamentário e da salvação consiste, simplesmente, em levar-nos a este ponto… O que quer que possamos ter fora disso, o que quer que sejamos capazes de dizer além disso, jamais nos satisfará, enquanto não chegarmos a esse ponto. Essa é a meta, esse é o objetivo. Satisfazer-nos com qualquer coisa menos que isso, por melhor que seja, em certo sentido é negar o próprio Evangelho, pois o grande e grandioso fim e objeto do Evangelho todo é trazer-nos… a esta posição específica.
Encaremos essa tremenda declaração… Que quer dizer o salmista? Que está dizendo? Estou certo de que a primeira coisa que teve em mente era algo negativo, e que ele estava fazendo uma asserção negativa. Pela própria questão que levantou, dizia que, em resultado de sua experiência, aprendeu que não há ninguém mais, em parte alguma, que o possa auxiliar, que em lugar nenhum existe outro Salvador. «Quem há que possa ajudar-me no Céu ou na terra, além de Ti?», pergunta ele. Não há nem um só. Quando as coisas lhe saíram mal, quando realmente estava no fim dos seus recursos, quando não sabia onde ir e nem para quem se volver, quando teve necessidade de estímulo, consolo, força, segurança e algo a que ater-se, descobriu que não há ninguém além de Deus.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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