O Evangelho de Jesus Cristo… é algo que exige decisão e dedicação… Não é uma filosofia que você examina e compara ou contrasta com outras filosofias… Certamente é uma filosofia e tanto, mas a tentação é considerá-lo apenas como tal, como algo sobre o que ler e no que estar interessado. Mas o Evangelho nega-se a ser encarado desse modo; é essencialmente algo que chega até nós arrogando-se a direção das nossas vidas. Ele vem até nós da mesma maneira pela qual o nosso Senhor Se aproximava pessoalmente dos homens. Você recorda como Ele, quando ia caminhando, passou por um homem chamado Mateus e lhe disse: «Segue-me», e Mateus se levantou e O seguiu. O Evangelho faz algo assim. Ele não diz: «Considere-Me; admire-me». Diz: «Segue-me; crê em mim». Ele sempre nos conclama a uma decisão, a um compromisso.
Obviamente isso é algo inteiramente vital. Não há propósito algum em descrever as glórias, as maravilhas e as belezas desse caminho estreito, se é só para ficarmos a olhá-lo de longe. É uma estrada que deve ser palmilhada: é uma coisa em que devemos penetrar…
Façamos, pois, uma pergunta bem simples a nós mesmos. … Tenho-me dedicado a este modo de vida? É o que dirige a minha vida? … Isto exige, por certo, um ato muito definido da vontade. Conclama-me a dizer: «Reconhecendo no Evangelho a verdade de Deus e a vocação de Cristo, entregar-me-ei a ele, haja o que houver. Não tomarei em consideração as conseqüências. Creio nele, e agirei baseado nele; daqui por diante, esta será a minha vida».
Houve época em que alguns dos nossos antepassados costumavam ensinar que seria bom que todo cristão fizesse aliança com Deus… Sentar-se-iam e solenemente escreveriam num documento os termos da aliança feita por eles com Deus, e lhe apontariam sua assinatura. Há certa vantagem nisso… A vida cristã requer decisão.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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