(A regra áurea), por certo, não é senão um epítome dos mandamentos que o nosso Senhor resumiu noutro lugar nestas palavras: «Ama o teu próximo como a ti mesmo.»… Você não começa com outra pessoa; começa perguntando a si próprio: «De que gosto? Que coisas me agradam? Que coisas me auxiliam e me encorajam?» Depois você se pergunta: «De que coisas não gosto? Que coisas me provocam e fazem vir para fora o que há de pior em mim? Que coisas são odiosas e desalentadoras?» Você faz uma lista desses dois grupos de coisas, suas preferências e suas ojerizas, e as desenvolve – não só as que consistem de atos, mas também de pensamentos e palavras orais – com relação à totalidade da sua vida e das suas atividades. «De que é que eu gosto que as pessoas pensem de mim? Que é que tende a magoar-me?»
… Havendo elaborado essa lista de todos os nossos gostos e aversões, quando vamos lidar com outra gente, nada temos que dizer senão simplesmente isto: «Essa outra pessoa é exatamente como eu nesses pontos.» Devemos colocar-nos sempre na posição dos outros. Em nossa conduta e comportamento com respeito a eles, devemos ter o cuidado de fazer ou não fazer as coisas que pessoalmente achamos agradáveis ou desagradáveis. …Você não gosta que digam coisas indelicadas a seu respeito? Bem, não as diga a respeito de outrem. Você não aprecia gente complicada, pessoas que lhe dificultam a vida, trazem problemas à sua existência e estão sempre a deixá-lo nervoso? Pois bem; exatamente do mesmo modo, não se deixe levar por um comportamento que o torne aquilo para elas. É bem simples assim, segundo o nosso Senhor. Todos os grandes manuais de ética, de relações sociais e de moralidade, bem como de todos os demais assuntos que tratam dos problemas das relações humanas do mundo moderno podem na verdade reduzir-se a isso.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
Comments are closed.