Diz-nos (Paulo) que podemos levar a Deus assuntos específicos, que a petição é parte legítima da oração… Mas espere, há ainda outra coisa – «pela oração e pela súplica, com ações de graças» (Filipenses 4.6). Esse é um dos termos de mais vital importância dentre todos estes termos… Se, enquanto oramos a Deus, temos em nosso coração algum ressentimento contra Ele, não temos direito de esperar que paz de Deus guarde nosso coração, nem que guarde tanto nosso coração como a nossa mente.
Se nos pomos de joelhos achando que Deus está contra nós, melhor será levantar-nos e sair. Não. Devemos buscá-lo «com ações de graças». Em nosso coração não deve haver sombra de dúvida quanto à benignidade de Deus… Devemos dizer: «Embora eu esteja em dificuldades no momento, bem posso dar graças a Deus por minha salvação e por haver Ele enviado Seu Filho para morrer na cruz por mim e por meus pecados. Defronto-me com um terrível problema, eu sei, mas Ele fez aquilo por mim… Dar-lhe-ei graças pelas muitas bênçãos que já recebi dEle.» É só relembrarmos com todo o vigor da nossa mente e com toda a energia as razões para dar graças a Deus e louvá-lo. É preciso que nos lembremos de que Ele é nosso Pai, que nos ama a tal ponto que os cabelos da nossa cabeça estão todos contados. E havendo lembrado essas coisas todas, devemos derramar nosso coração em ações de graças… Devemos ir à Sua presença para adorá-lo com amor, com louvor, servindo-o reverentemente, cheios de fé, confiante, e depois fazer nossas petições conhecidas diante dEle.
Em outras palavras, a oração que Paulo advoga não é um grito de desespero nas trevas, não é um apelo frenético a Deus, apelo destituído de qualquer pensamento real. Não, não. Primeiro nos damos conta e recordamos que estamos cultuando um Deus bendito e glorioso. Adoramos primeiro, e depois fazemos conhecidas diante dEle as nossas petições.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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