Por que é que todos nós somos o que somos, em vista de tais promessas? (Mateus 7.7). Por que é tão inferior a qualidade do nosso viver cristão?… Tudo que precisamos está ao nosso alcance; por que, pois, somos o que somos? Por que não demonstramos mais perfeitamente em nossas vidas, este Sermão da Montanha? Por que não nos amoldamos cada vez mais aos moldes do Senhor Jesus Cristo? Tudo que necessitamos é-nos oferecido; tudo nos é prometido aqui nesta promessa compreensiva. Por que não tomamos consciência disso como devemos?… Certas condições devem ser atendidas antes de podermos regozijar-nos com esses grandes benefícios que nos são oferecidos em Cristo. Quais são?
… Se quisermos avançar vitoriosamente pela vida, com paz e alegria no coração, prontos para enfrentar o que quer que se nos anteponha, e para ser mais que vencedores a despeito de tudo, há certas coisas que temos de entender… A primeira coisa que temos de compreender é a nossa necessidade… O efeito do pecado sobre nós é tal que jamais recorreremos a Cristo enquanto não percebermos que somos destituídos de tudo. Aborrece-nos, porém, considerar-nos tão pobres assim, e não gostamos de sentir a nossa necessidade. As pessoas estão dispostas a ouvirem sermões que lhes apresentem Cristo, mas não gostam que o pregador lhes diga que são tão indignas que Ele teve de ir para a cruz e morrer antes que pudessem ser salvas… Temos que ser levados a dar-nos conta da nossa necessidade. Os dois primeiros elementos indispensáveis para a salvação e para o regozijo em Cristo são a consciência da nossa necessidade, e a consciência das riquezas da graça em Cristo. Somente os que reconhecem essas duas coisas é que deveras sabem «pedir»… O outro não tem noção da sua necessidade. Quem sabe que está «em péssima situação» é que começa a pedir. E então ele, começa a perceber as possibilidades que há em Cristo.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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