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5 de setembro – A tremer de júbilo e espanto, recebemos o perdão de Deus

Não tenho dúvida de que, até certo ponto (o filho pródigo) achou que tinha sido tratado com dureza. Saíra de casa e fora para uma terra distante. Pretendia realizar-se, mas as coisas lhe saíram mal… Então, caiu em si, voltou para casa e disse: «Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho». Essa é outra maneira de dizer a mesma coisa (como no Salmo 73). Nada de recomendar-nos a nós mesmos, nada de desculpas; agimos de modo indescritivelmente estúpido, como animais. Deixamos de pensar e raciocinar; deixamos de aplicar estas Escrituras. É este ego horrível que tem exercido o controle, e… nada está certo e ninguém tem razão, exceto nós. Encaremos isso; tiremos-lhe a máscara; analisemo-nos e encaremo-nos juntamente com isso. Vejamos isso com honestidade até que de coração nos envergonhemos de nós mesmos. Depois, aproximemo-nos daquele Deus cheio de amor e de graça e reconheçamos que… não temos reivindicação nenhuma para fazer-lhe, e nenhum direito ao Seu perdão. Digamos-lhe que não pretendemos ser curados rapidamente, que sabemos que nem sequer merecemos receber a cura.

… O problema de muitos de nós é que nos curamos a nós mesmos depressa demais. Achamos que temos direito ao perdão. Mas o ensino da Bíblia e o exemplo da vida dos heróis da fé é que, como o filho pródigo, nada eles mereciam, senão a condenação, é que tinham sido como animais em sua estupidez, e é que não tinham nenhuma reivindicação para apresentar a Deus. Na verdade, encheram-se de admiração ante a perspectiva de que Deus poderia perdoá-los. Examinemo-nos à luz disso. Corremos a Deus achando que temos o direito de receber Seu perdão? Ou percebemos que não temos nenhum direito de pedir perdão? Este homem sentia-se assim… Paulo, após anos de pregação, olhava para trás, para o passado, e dizia que era ele «o principal» dos pecadores (1º Timóteo 1.15). Ainda estava maravilhado com o fato de que Deus pudesse tê-lo perdoado alguma vez… Maravilhava-se ainda perante a assombrosa cruz e o amor de Deus em Jesus Cristo, nosso Senhor.

Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES

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