«Ah», dizemos, «a mesma coisa sempre, semana após semana». Essa é a nossa atitude para com nossa vida, e… nos exaurimos… Se você considera a vida cristã como uma tarefa monótona, está insultando a Deus… Se eu e você chegamos a considerar qualquer aspecto da vida cristã meramente como uma tarefa e um dever, e se temos que aguilhoar-nos a nós mesmos e rilhar os dentes, a fim de prosseguirmos com ela, digo que estamos insultando a Deus e que esquecemos a própria essência do cristianismo. A vida cristã não é uma tarefa. Só a vida cristã merece o nome de vida. Só ela é reta e santa e pura e boa. É a espécie de vida que o próprio Filho de Deus viveu. É para ser como Deus em Sua santidade. Aí está por que devo vivê-la. Não é bem que eu tenha que resolver fazer um grande esforço para levá-la adiante de qualquer jeito… Como é que entrei nesta vida – esta vida da qual ando resmungando e me queixando, achando-a pesada e difícil?… Há somente uma resposta… É porque o unigênito Filho de Deus deixou o Céu e veio à terra para a nossa salvação; despojou-se de todas as insígnias da Sua glória eterna e se humilhou nascendo como um nenê e sendo colocado numa simples manjedoura. Suportou por trinta e três anos a vida deste mundo. Foi cuspido e ultrajado. Espinhos Lhe furaram a cabeça, e Ele foi cravado numa cruz, para levar sobre Si o castigo do meu pecado. Assim foi que cheguei à vida cristã.
…«Não vos canseis de fazer o bem». Meu amigo, se você pensa na vida cristã… com este sentimento de repulsa, ou vendo-a como cansativa tarefa ou obrigação, digo-lhe que volte ao princípio da sua vida, retroceda os passos até àquela porta estreita pela qual você entrou. Olhe para o mundo e para o seu mal e seu pecado, veja o inferno para o qual ele o estava levando, e depois olhe para frente e dê-se conta de que você está no meio da mais gloriosa campanha na qual alguém já pôde entrar, e que você está percorrendo a mais nobre estrada que o mundo já conheceu.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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