(A mansidão) deve, então, progredir ao ponto de expressar-se em todo o nosso procedimento e em nossa conduta com relação ao próximo… A pessoa que é do tipo que venho descrevendo não pode deixar de ser meiga… Volte a pensar no Senhor Jesus Cristo. Meigo, gentil, modesto – estes são os termos. Sereno, de espírito sereno… «manso e humilde»… a pessoa mais acessível que o mundo já viu foi o Senhor Jesus Cristo. Mas significa também a total ausência de espírito de desforra, tomando vingança e querendo ajustar contas com os outros. Também significa, portanto, que havemos de ser pacientes e longânimos, em especial quando sofremos injustamente (1ª Pedro 2.19-23)… Não há crédito algum, raciocina Pedro nesse capítulo, se, quando somos esbofeteados por causa de faltas que cometemos, recebemos isso com paciência; mas se praticamos o bem e, por isso, sofremos, e o recebemos pacientemente, então sim, essa é a atitude digna de elogio, aos olhos de Deus.
Mansidão é isso. Mas significa, igualmente, que temos disposição para ouvir e para aprender, que temos um conceito tão humilde de nós mesmos e das nossas capacidades que estamos dispostos a ouvir aos outros. Acima de tudo, temos que estar dispostos a ser ensinados pelo Espírito e a ser conduzidos pelo Senhor Jesus Cristo. Mansidão sempre inclui espírito ensinável. É o que também vemos no caso de nosso Senhor. Embora sendo a Segunda Pessoa da Trindade Santa e Bendita, fez-se homem, deliberadamente humilhou-se, a ponto de se fazer totalmente dependente do que Lhe dava Deus, do que Deus Lhe ensinava e do que Deus Lhe mandava fazer. Humilhou-se a esse ponto, e é isso que significa ser manso. Devemos estar dispostos a aprender e a ouvir, e, principalmente, devemos submeter-nos ao Espírito.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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