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2 de agosto – Ele é Senhor soberano

Não raciocine em termos de negócios e direitos no reino de Deus. Isso é absolutamente fatal. Não há nada tão errôneo como o espírito que argumenta dizendo que, porque faço isto e fiz aquilo, tenho o direito de esperar algo como recompensa… Conheço muitos bons cristãos evangélicos que, segundo me parece, pensam desse jeito.

«Ora», dizem eles, «se oramos por certas coisas, forçoso é que as obteremos… se oramos a noite inteira por avivamento, tem que dar-se o avivamento». Já descrevi isso, algumas vezes, como a idéia de que o cristianismo se parece à «moedinha dos caça-níqueis»… Mas certamente isso é negar todo o princípio que nosso Senhor está ensinando… Qual seria a situação se pudéssemos comandar essas coisas à vontade? Não podemos, porém.

Deixemos de lado esse espírito de barganha… O Espírito Santo é Senhor, e é Senhor soberano. Ele envia essas coisas em Seu tempo e à Sua maneira… temos que dar-nos conta de que não temos direito a coisa alguma. «Mas», dirá alguém, «não ensina Paulo acerca do juízo e das recompensas, no quinto capítulo da Segunda Epístola aos Coríntios?» Certamente que sim, e o faz também em 1º Coríntios 3, e nosso Senhor mesmo, no capítulo doze de Lucas, fala dos que receberão muitos açoites e dos que levarão poucos açoites, e assim por diante. Bem, que dizer disso? A resposta é que mesmo as recompensas são pela graça. Ele não precisa dá-las, e se você pensa que pode determinar e predizer como virão, labora em erro total.

Na vida cristã, do princípio ao fim, tudo provém da graça. Pensar em termos de permuta comercial e resmungar quanto aos resultados significa que não temos confiança nEle. Ora, temos que vigiar nosso espírito, para não suceder que abriguemos o pensamento de que Ele não nos está tratando bem e com justiça.

Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES

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