«Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado» (Habacuque 3.2). «Alarmado» não significa que Habacuque estivesse com medo das coisas que iriam acontecer, como lhe fora revelado por Deus… A expressão sugere temor na presença de um Deus tão grandioso, adoração e enlevo replenos de espírito de culto perante Deus e os Seus caminhos. Deus lhe dissera algo acerca do Seu plano histórico, e o profeta, meditando no fato de que Deus está no Seu santo templo e tem o mundo a Seus pés, ficou maravilhado e cheio de temor reverente… Aquilo que se descreve na Epístola aos Hebreus como atitude de «reverência e santo temor» é uma atitude que está estranhamente faltando entre nós… O que existe em demasia é banal familiaridade com o Altíssimo. Graças a Deus, podemos vir à Sua presença com santa liberdade, mediante o sangue de Cristo. Mas isso jamais deve fazer diminuir nossa reverência e pio temor. O antigo povo de Deus… tinha tal consciência da santidade e grandeza de Deus que tremia só de pronunciar-lhe o nome. A santidade, a perfeição moral e a onipotência de Deus deixavam-nos quase sem fala – «e me sinto alarmado». Devemos aproximar-nos dEle «com reverência e santo temor, pois o nosso Deus é fogo consumidor».
Isso é indispensável, para que se tenha compreensão dos tempos em que estamos vivendo. Precisamos aprender a ver a Deus em Seu santo templo, acima do fluxo da história, acima dos cambiantes cenários do tempo. Na presença de Deus, a única coisa que se salienta é a natureza santa de Deus e nosso pecado. Humilhemo-nos e, reverentes, adoremo-Lo.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
Comments are closed.