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12 de agosto – Quando os céus viram bronze…

Se temos uma concepção mágica da vida cristã, podemos estar certos de que nos veremos em problemas, porque, quando surgirem as dificuldades, seremos tentados a perguntar: «Por que foi permitido isso?» E nunca devemos fazer tal pergunta… Nosso Senhor vai dormir e deixa que venha a borrasca. A situação pode tornar-se, de fato, totalmente desesperada, e pode parecer que estejamos em perigo de vida… contudo, um poeta cristão o disse por nós:
Quando tudo parece contra nós
e ao desespero quer-nos arrastar…
Mas não o leva ao desespero porque, conforme continua dizendo:
Sabemos de uma porta sempre aberta
e de ouvidos que escutam nossa prece.

Mas as coisas podem ser desesperadoras: «Tudo parece contra nós e ao desespero quer-nos arrastar». Preparemo-nos, então, para isso. Sim, mas precisamos ir além. Enquanto tudo isso nos sucede, nosso Senhor não parece importar-se conosco nem um pouco. Aí é quando entra a verdadeira prova da fé. Os ventos e as vagas foram fortes e o navio começou a fazer água. Foi terrível, mas para eles o mais terrível foi a impressão de indiferença de Jesus. Dormindo ainda e dando toda a impressão de negligência… Imagine os sentimentos desses homens. Tinham-no seguido e dado ouvidos aos Seus ensinamentos… Tinham visto os milagres que operara e esperavam que ocorressem coisas admiráveis; e agora parecia que tudo ia terminar em naufrágio e afogamento… Decerto somos mui noviços na vida cristã se nunca tivemos impressão similar… O fato que Deus permite essas coisas e parece completamente desinteressado por isso tudo, constitui o que descrevo como a prova da fé. Essas são as condições em que nossa fé é provada e testada, e Deus o permite na Sua vontade permissiva.

Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES

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