… consideremos o que este homem descobriu acerca de si próprio pormenorizadamente (Salmo 73.21,22). A primeira coisa … é que ele mesmo estivera produzindo a maior parte dos seus problemas e da sua própria infelicidade … a causa de sua aflição não estava propriamente nos ímpios; estava nele. Ele viu que ele mesmo … “se conduzia a” essa condição … O que ele está dizendo (no vs. 21) é que ele fez alguma coisa consigo mesmo. Está dizendo: “Amarguei meu coração … Estive armando uma dor aguda para mim mesmo”. Ele o vinha fazendo pessoalmente. Estivera atiçando seu próprio coração, exacerbando seu próprio problema, azedando seus próprios sentimentos. Ele mesmo é que realmente andara produzindo seus problemas pessoais e dando surgimento a essa dor aguda que durou até que ele foi ao santuário de Deus.
É evidente que esse é um princípio deveras importante e vital. O fato é … que tendemos a produzir e a exacerbar os nossos problemas pessoais. Naturalmente, nos inclinamos a dizer … que é esta ou aquela coisa alheia a nós que produziu todo o mal. Mas não é nada disso; nós mesmos o produzimos … (o que importa é) você, como também eu, e a maneira como a encaramos, como reagimos, a nossa conduta sobre isso … É possível que você veja duas pessoas levando exatamente a mesma sorte de vida, diante das mesmíssimas condições – e, contudo, sendo muito diferentes. Uma é amarga, azeda, resmungona e queixosa; a outra é calma, tranquila, feliz e sossegada. Onde a diferença? Não está nas condições; nem naquilo que lhes sucede. É algo que há nelas; a diferença consiste nas duas pessoas propriamente ditas …
Dois homens olhavam
através das grades da prisão
Um só via lama,
o outro via os astros na amplidão.
Vê-se logo que um deles olhava para baixo, e o outro, para cima. O problema não está na vida, nas circunstâncias, nos ímpios … está em nós.
Faith on trial, p. 76,7.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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