Olhe o retrato de Estêvão, e você verá ilustrada esta passagem (Mateus 5.5). Veja-o no caso do grande homem de Deus que foi Paulo. Considere o que ele sofreu nas mãos de diferentes igrejas, de patrícios e de várias outras pessoas. Ao ler suas cartas, você vê surgir essa espécie de mansidão, principalmente quando ele escreve aos membros da igreja de Corinto que estiveram dizendo coisas tão indelicadas e depreciativas a respeito dele. É outro esplêndido exemplo de mansidão. Mas é claro que temos que chegar ao supremo exemplo, e parar contemplando nosso Senhor. «Vinde a mim», disse Ele, «todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei … porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso … » (Mateus 11.28,29). Você vê essa mansidão na totalidade da Sua vida. Você a percebe no modo como Ele encarava outras pessoas. Você a vê especialmente na maneira como Ele suportou perseguição, escárnio, sarcasmo e zombaria.
Corretamente se disse dEle: «Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega» (Isaías 42.3). Sua atitude para com os Seus inimigos, e talvez ainda mais a Sua total submissão ao Pai, mostram a Sua mansidão. Disse Ele: «As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que permanece em mim, faz as suas obras» (João 14.10). Considere-O no jardim do Getsêmani. Observe o retrato dEle que se acha em Filipenses 2, onde Paulo afirma que Jesus não considerou Sua igualdade com Deus como uma prerrogativa à qual agarrar-se, ou algo que devesse reter a todo custo. Não. Ele resolveu viver como homem, e o fez. Humilhou-se, tornou-se servo e até suportou a morte na cruz. Isso é mansidão; isso é disposição para rebaixar-se; isso é verdadeira humildade; essa é a qualidade que, Ele nos está ensinando neste ponto.
Studies in the Sermon on the Mount, i , p. 66,7.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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