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19 de julho – Alguns exemplos de mansidão

Olhe o retrato daquele grande cavalheiro – em muitos aspectos, penso eu, o maior cavalheiro do Velho Testamento – Abraão, e ao olhá-lo você vê um grande e maravilhoso retrato da mansidão. Esta é a grandiosa característica da sua vida. Você decerto lembra a atitude dele no caso de Ló, e como ele permite que o jovem faça valer a sua vontade e seja o primeiro a fazer a escolha. E o faz sem murmuração nem queixa. Isso é mansidão. Você a vê de novo em Moisés, que até foi descrito como o homem mais manso na face da terra. Examine-lhe o caráter, e você verá a mesma coisa, esse modesto conceito de si próprio, essa disposição para, ao invés de afirmar-se, humilhar-se, rebaixar-se – mansidão. Havia esplêndidas possibilidades diante dele, toda a possibilidade da corte do Egito e de sua posição como filho da filha de Faraó. Mas, ele soube avaliar bem tudo aquilo, viu-o como de fato era, e se humilhou completamente-ante Deus e Sua vontade.

A mesma característica se nota em Davi, especialmente em seu relacionamento com Saul. Davi sabia que seria rei. Fora informado disso, fora ungido. Não obstante, como suportou Saul e o tratamento maldoso e injusto que dele recebeu! Volte a ler a história de Davi, e você verá a mansidão exemplificada da maneira mais extraordinária. Ou ainda, considere Jeremias e a impopular mensagem que recebeu para transmitir. Ele foi convocado para falar a verdade ao povo e não aquilo que teria prazer em falar – enquanto os demais profetas diziam coisas suaves e fáceis. Ficou isolado. Era individualista – não cooperativo, seria chamado hoje – porque não dizia o que todos os demais estavam dizendo. Sentia amargamente tudo isso. Mas leia a sua história. Veja como ele suportou tudo e deixou de lado as coisas feririas que dele diziam às suas costas; e como ele prosseguiu na entrega da sua mensagem. É magnífico exemplo de mansidão.

Studies on the Sermon on the Mount, i, p. 65.6.

Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES

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