Consideremos o caso dos que temem o futuro … condição muito comum, e é, de fato, coisa das mais extraordinárias observar como é que o inimigo tantas vezes produz o mesmo tipo fundamental de condição nas mesmas pessoas, mediante estes métodos que parecem ser diametralmente opostos. Quando você endireita a atitude delas, com relação ao passado, imediatamente começam a falar do futuro, resultando que estão sempre deprimidas no presente. Você conseguiu satisfazê-las quanto ao perdão dos pecados; sim, até daquele pecado específico, que achavam tão excepcional … E então dizem: “Ah, sim, mas…” , e se põem a falar de temores concernentes ao futuro’ e ao que está lá adiante …
Ora, está bem que pensemos no futuro … Mas as Escrituras constantemente nos exortam a não ficarmos preocupados com o futuro. “Não vos inquieteis com o dia de amanhã”, quer dizer: “Não sejais culpados de ansiosa preocupação com o amanhã”. Não significa que não devemos pensar nele de modo algum. Caso contrário, o agricultor não usaria o arado e a grade, e nem semearia. Ele o faz olhando para o futuro, mas não passa o tempo todo perguntando e se afligindo quanto aos resultados finais do seu trabalho. Não; ele pensa nisso razoavelmente, e depois o deixa … embora esteja muito certo pensar no futuro, é muito errado deixar-se dominar por ele … Pensar é certo, mas ser manobrado pelo futuro é totalmente errado.
Pois bem, esse é um postulado fundamental, e o mundo descobriu isso. Ensina-nos que não devemos atravessar pontes antes de chegar nelas. Introduza isso nos seus ensinos cristãos, pois o mundo tem razão nesse ponto … muitas afirmativas escriturísticas que tratam do mesmo assunto tornaram-se proverbiais – “não vos inquieteis com o dia de amanhã”, “basta ao dia o seu próprio mal” … Isso revela bom senso … Basta-me “um passo de cada vez” … não permita que seu futuro hipoteque seu presente, assim como você não deve permitir que seu passado hipoteque seu presente.
Spiritual Deprssion , p. 94, 98, 9.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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