Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, porventura não nos dará graciósamente com Ele todas as coisas?
O argumento (de nosso Senhor, em Mateus 6.25) é deveras profundo e poderoso; e como somos propensos a esquecê-lo! O que Ele diz, com efeito, é: «Vede esta vossa vida, pela qual tendeis a estar aflitos e ansiosos. Como a obtivestes? Donde veio?» E, naturalmente, a resposta é que ela é dom de Deus. . . Daí, o argumento empregado por nosso Senhor é este: Se Deus lhe deu o dom da vida – o dom maior – você acha que de repente Ele vai negar-se a Si próprio e aos Seus métodos, e não lhe vai suprir aquilo que sustenta a Vida e lhe propicia continuidade? Deus tem os Seus próprios meios para fazê-la, mas o argumento é que eu jamais devo ficar ansioso por isso. Decerto que devo orar, semear, colher e guardar em celeiros o produto. Devo fazer as coisas que Deus planejou para o homem e para a vida neste mundo. Devo trabalhar, ganhar dinheiro, etc. Mas … nunca devo ficar preocupado, aflito e temeroso de que, de repente, não haverá o suficiente para continuar mantendo esta minha vida. Isso jamais me acontecerá; é impossível. Se Deus me deu o dom da vida, Ele providenciará para que essa vida prossiga. Jesus) não discute quanto a como isso será feito. Ele simplesmente diz que assim será.
Recomendo-lhe que estude, como tema de grande interesse e de vital importância, a freqüência com que esse argumento é usado nas Escrituras … É um argumento bíblico muito comum, o argumento que parte do maior para o menor, e nós sempre devemos observá-lo e aplicá-lo. O Doador do dom da vida cuidará de que sejam sempre providenciados o sustento e a manutenção dessa vida … que é exatamente o que Deus faz com as (aves dos céus). Elas têm que procurar alimento, mas quem o providencia para elas é Deus; Ele cuida de que haja alimento para elas.
Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 113,14.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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