Lembro muito bem o caso de um homem que era famoso cirurgião em Londres, nome de grande projeção. Repentinamente, para espanto e assombro de quantos o conheciam, correu a notícia de que abandonara tudo e se tornara médico de bordo. O que lhe acontecera foi isto. Era grande talento em sua profissão e alimentava legítimas ambições quanto a certas honras dentro de sua carreira. Mas o desapontamento que teve com relação a isso fez abrir de repente os olhos e ver a situação toda. Chegou à conclusão de que a vida que levava já não lhe dava satisfação nenhuma. Viu toda a falsidade que havia na sua vida, mas não se converteu a Cristo. Tornou-se cínico e abandonou tudo.
Tem havido muitos outros notáveis exemplos de homens que abandonaram tudo e partiram para alguma posição isolada, onde acharam certa medida de paz e felicidade, sem se tornarem cristãos. Essa é uma possibilidade.
Mas podem ir mais longe, e podem ver as excelências da vida cristã como estão exaradas no Sermão da Montanha. Dizem: “Não há dúvida sobre isso; a vida cristã é a vida certa, contanto que cada um a vivesse!” Também podem ter lido as biografias dos heróis da fé, reconhecendo neles a presença de algo maravilhoso. Houve época em que não estavam interessados, mas agora chegaram a perceber que a vida descrita no Sermão da Montanha é verdadeira vida, é modo de viver que vale a pena e, ademais, vendo a vida retratada em 1 Coríntios, capítulo 13, dizem: “Se ao menos todos vivêssemos segundo esse padrão, o mundo seria um Paraíso”. Chegaram a perceber a verdade até esse ponto.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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