A base inteira da sociedade atual… (é a suposição) de que tão logo o homem é corrigido quanto a este ou àquele particular, resultará disso que, por fim, ele estará perfeitamente correto. Essa é a fundamentação racional da crença moderna naquilo que se chama de aplicação social do Evangelho. É também a base das numerosas sociedades que atravancam o território da religião como se fossem cogumelos. É o pano de fundo da crença de que, mediante maior conhecimento e instrução, serão curados os males da humanidade. Nunca o mundo esteve mais ocupado, procurando tratar a si mesmo, do que nos últimos cem anos… Não há que duvidar, porém, que os problemas persistem… Ligas e movimentos contra este ou aquele pecado em particular, organizações para propagarem ensinamentos vários… Nunca o mecanismo para tornar a vida mais feliz e aprazível foi mais elaborado e aperfeiçoado.
Mas, quais têm sido os resultados?… Todos os esforços parecem ter resultado em fracasso… E isso por esta importante razão… que foi esquecido o homem propriamente dito. O homem pode ser corrigido em muitos aspectos, e, contudo, continuar pessoalmente miserável e infeliz. Não conhecemos todos nós pessoas inteligentes, doutas, de boas maneiras, populares, que, até onde possamos saber, tinham tudo a seu favor e tudo o que se poderia desejar, mas que, não obstante, sabiam ser completamente fracassados na vida e se sentiam intimamente uns miseráveis? Tais homens têm podido controlar qualquer pessoa e qualquer coisa, menos a si mesmos. O indivíduo pode ser inteligente. Pode ter pontos de vista idealistas sobre a maioria dos assuntos. Pode realizar muitos atos de beneficência. Mas, continua de pé a pergunta: Quais são os seus motivos? O seu centro vital está correto?
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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