…(Alguns)… nunca chegam a aceitar plenamente o ensino e a autoridade das Escrituras… Não se aproximam da Bíblia para submeter-se completa e absolutamente a ela. Se ao menos chegássemos às Escrituras como crianças, e as aceitássemos em seu significado transparente, e permitíssemos que elas nos falassem esta espécie de dificuldade não surgiria nunca. Essas pessoas não fazem isso.
O que fazem é misturar as suas ideias pessoais com a verdade espiritual. É claro que alegam que tiram suas ideias basicamente das Escrituras, mas, e esta é a palavra fatal, imediatamente passam a modificá-la. Aceitam certas ideias bíblicas, mas há outras ideias e filosofias que desejam trazer consigo, de sua vida antiga. Misturam ideias naturais com ideias espirituais. Afirmam que gostam do Sermão da Montanha e de 1 Coríntios 13. Dizem que creem em Cristo como Salvador, mas ainda argumentam que não devemos ir longe demais nessas questões, e que elas acreditam na moderação. Daí começam a modificar as Escrituras. Negam-se a aceitá-las como autoridade em todos os pontos na pregação e no viver, na doutrina e na maneira de encarar o mundo. “As circunstâncias mudaram”, dizem tais pessoas, “e a vida não é mais o que costumava ser. Agora, estamos vivendo no século XX”.
Assim, pois, modificam as Escrituras aqui e ali, para adaptá-las às suas ideias pessoais, ao invés de levarem firmemente a doutrina escriturística à sua conclusão lógica, de começo a fim, e de confessarem quão irrelevante é a conversa sobre que estamos no século XX. Esta é a Palavra de Deus, não limitada pelo tempo, e, visto que é a Palavra de Deus, devemos submeter-nos a ela, confiando em Deus, crendo que Ele empregará os Seus próprios métodos e à Sua própria maneira.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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