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30 de abril – Haveremos então de viver para sempre neste pobre e mortal ritmo presente?

É  difícil descrever este homem (Marcos 8.24). Você não pode dizer que ele continua cego. E então – é ou não é cego? Você sente que deve dizer ao mesmo tempo que ele é cego e que não é cego. Ele não é nem uma coisa nem outra.

Pois bem, é precisamente essa a condição de que pretendo tratar agora. Viso àqueles cristãos que se acham inquietos, infelizes e angustiados por causa dessa falta de clareza. É quase impossível defini-los. Você às vezes conversa com gente desse tipo e pensa: “Este homem é cristão”. Depois você torna a encontrá-lo e se vê mergulhado na dúvida; e diz: “Certamente ele não pode ser cristão, se pode dizer uma coisa dessas ou fazer tal coisa”…

Além disso, a dificuldade é não só que os outros sentem isso com relação a essas pessoas, mas elas mesmas o sentem com relação a si próprias… são infelizes porque não se vêem a si mesmas com clareza. Pode ocorrer que durante um culto público digam: “Sim, eu sou cristão, creio nisso”. Mas logo acontece algo, e dizem: “Por certo que não sou crente. Se o fosse, não poderia ter estes pensamentos; não quereria fazer o que faço”…

Parecem conhecer o cristianismo o bastante para estragar o prazer que sentem no mundo; entretanto, não o conhecem o suficiente para sentir-se certas quanto à sua situação. Não são “nem quentes nem frias”. Vêem e não vêem… É uma condição angustiante, e minha mensagem toda, como você o pode antecipar, consiste em dizer que ninguém deve achar-se nessa condição, e que ninguém deve permanecer nela. Digo mais – ninguém precisa ficar nessa condição.

Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES

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