Não é esta uma das coisas mais maravilhosas da Escritura, que o Deus que é o Criador e Preservador do universo, o Deus que está formando o Seu reino eterno e que o consumará no fim, o Deus para quem as nações são “como um grão de pó na balança” – que esse Deus esteja disposto a considerar as suas e as minhas pequeninas necessidades, até aos mínimos detalhes, nesta questão do pão diário? Mas é esse o ensino do nosso Senhor em toda parte. Diz-nos Ele que mesmo um pardal não cai ao chão sem o consentimento do nosso Pai, e que valemos muito mais que muitos pardais…
Se tão-somente pudéssemos entender bem este fato, que o onipotente Senhor do universo está interessado em cada parte e porção de nós!… Os mais diminutos e triviais pormenores de minha pequena vida são conhecidos por Aquele que está sentado em Seu trono sempiterno… Mas é assim que Deus age, “o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo”; que, não obstante, como diz Isaias, habita “também com o contrito e abatido de espírito”. Esse é o milagre total da redenção; esse é o significado global da encarnação, que nos diz que o Senhor Jesus Cristo nos toma, aqui na terra, e nos liga ao todo-poderoso Deus da glória. O reino de Deus, e meu pão de cada dia!
É preciso salientar, por certo, que tudo aquilo por que oramos deve constituir necessidades absolutas. Não se nos diz que oremos por luxos e por abundância excessiva, nem se nos prometem essas coisas. É-nos, porém, prometido que teremos o suficiente… As promessas de Deus nunca falham. Mas elas se referem somente às necessidades, e a nossa idéia de quais são as necessidades nem sempre coincide com a de Deus. Mesmo assim, somos exortados a orar, pedindo para as nossas necessidades.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
Comments are closed.