Precisamos aprender a fazer a distinção entre sofrer tentação e pecar. Você não pode dominar os pensamentos que o diabo lança em sua mente. Ele os põe ali. Paulo fala dos “dardos inflamados do maligno”. Ora, isso era o que vinha acontecendo ao salmista (Salmo 73)… Mesmo o Senhor Jesus Cristo foi tentado. O diabo pôs pensamentos em Sua mente. Mas Ele não pecou, porque os rejeitou.
Os pensamentos virão a você e o diabo poderá querer pressioná-lo a pensar que, uma vez que tais pensamentos entraram em sua cabeça, você pecou. Mas esses pensamentos não são de você – são do diabo – ele os pôs ali. Foi o magnífico cornualhense Billy Bray que expressou isso de maneira toda sua, quando disse: “Você não pode impedir que o corvo paire sobre a sua cabeça, mas pode impedir que ele faça ninho em seus cabelos!” Assim eu digo que não podemos impedir que os pensamentos se insinuem em nossa mente; mas a questão é o que fazemos deles. Falamos dos pensamentos que “passam pela” cabeça, e todas as vezes que sucede apenas isso, não constituem pecado. É somente quando damos as boas-vindas a tais pensamentos, concordando com eles, que se constituem em pecado.
Saliento este ponto porque muitas vezes tenho lidado com pessoas aflitas por causa de pensamentos indignos que lhes sobrevêm. Mas o que lhes digo é isto: “Preste atenção ao que você mesmo disse. Você disse pensamentos que lhe vieram. Bem, se isso é verdade, você não tem culpa, não cometeu pecado por isso. Você não diz: Tive pensamentos; você diz: Esses pensamentos me sobrevieram. Está certo. Os pensamentos lhe vieram, e lhe vieram do diabo, e o fato de que tais pensamentos vieram da parte do diabo significa que você não é necessariamente culpado, como se tivesse cometido pecado com isso”. A tentação, em si e de si mesma, não é pecado.
Extraído do devocional “Mensagem para hoje – Leituras diárias selecionadas das obras de D. M. Lloyd-Jones” – sob autorização da Editora PES
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